segunda-feira, 24 de agosto de 2009


Vamos Assistir Televisão

Atividade 2- Vamos Assistir Televisão - UAB-UnB-Polo Itapetininga
José Geraldo Fogaça de Almeida TEA 1 TCE 3- Resenha
Programa: “Toma Lá Dá Cá”-18/08/2009-Episódio: “Respondez Si Vous Pait?”
Sitcom destinado a todos os públicos, trata do relacionamento familiar e entre vizinhos, de um edifício de apartamentos de classe média onde são desenrolados argumentos de situações de equívocos, falcatruas e mexericos; os jogos de valores sociais estão calcados em interesses individuais e/ou grupais;que quase sempre estimulam a vaidade pessoal a ridicularização de alguma personagem, a ênfase ao “malcaratismo”, as investidas de uma homossexual da terceira idade na empregada, a falta de ética de profissionais liberais; em suma os conceitos de justiça, de trabalho, de amor, da diversidade sexual e ética são utilizados com crítica principalmente quando algum assunto no cenário nacional se mostra em evidência, e quase sempre são extraídos assuntos que rendem boas risadas.Não promovem a reflexão desses valores, apenas servem de matéria prima para a chacota, isto é, a caçoada da situações e a avacalhação de valores; o pai julga a filha uma mal caráter “congênita”; o filho um desocupado e incompetente de primeira linha, a mulher é fútil, ele se mostra um crítico cruel de tudo e de todos, mas também não trabalha e vive de folga permanente, estão caracterizados como se estivessem constantemente em férias e a vida cotidiana é uma festa . Os homossexuais são alvo de piadinhas constantes; a empregada é sempre humilhada quando comenta sobre alguma história da sua terra natal, a síndica é malcaráter e fofoqueira.Uma das mães é volúvel e vaidosa, a outra é prendada e mais boboca, o dentista é falido e anti ético, a psicóloga conta particularidades dos pacientes para todos, a avó é ninfomaníaca, a filha é trambiqueira. Nos intervalos comerciais os produtos oferecidos vão de refrigerante até cartão de crédito. Quanto a influenciar a massa popular que assiste, eu considero que não influencia porque ele é muito caricato, apenas acho que o linguajar do povo pode sofrer algum tipo de incorporação, como bordões:
“Prefiro Não Comentar” e “Mara”, pela galera mais jovem que curte o programa. Por se tratar de um programa humorístico eu não mudaria nada, acho divertido, apesar de achar que ele não é politicamente correto, mas ele de fato é um besteirol televisivo de sucesso e divertidíssimo.
geradofogaca.blogspot.com

domingo, 23 de agosto de 2009

O Quarto Poder X Muito Além Do Cidadão Kane

Resenha do filme I “O Quarto Poder” e o documentário “Muito Além do Cidadão Kane”
José Geraldo Fogaça de Almeida TEA 1 UAB-UnB Pólo de Itapetininga

O filme o tema central é a abordagem do poder da mídia sobre a opinião pública numa espécie de jogo com as emoções.
Os principais personagens são: um jornalista inescrupuloso, Max Ranchett ( Dustin Hoffmann) e um segurança de museu demitido, Sam Baily, pai desempregado, ( John Travolta), presa oportuna, nas garras do audacioso jornalista.
Verificam-se que os interesses dos personagens residem na manipulação pelo jornalista ,dos fatos, para conseguir retomar a sua posição de âncora de um telejornal e quanto ao funcionário demitido tentar provar que o acidente do disparo da arma foi involuntário e também mostrar a família dele e à sociedade que ele queria trabalhar.
São observadas também que existem relações entre os interesses individuais e a conduta ética destes personagens, a saber: o jornalista se mostra oportunista em deturpar um episódio de uma animosidade acirrada entre a dona do museu e seu ex-segurança, que culminou vitimando uma terceira pessoa, e transformar o fato, que poderia ser rapidamente solucionado, num seqüestro com reféns ;o segurança utiliza da violência para retomar seu emprego.
O papel da mídia no filme, manipulando uma situação tendenciosa da cobertura, com pesquisa de opinião sobre Sam, onde as matérias eram editadas para darem maior audiência. A posição dos veículos de comunicação vai se moldando ao interesse do público, que acompanha tudo através da mídia.
Ficção e realidade não estão muito distantes, um exemplo sobre a manipulação sensacionalista foi o caso da Escola Infantil BASE de São Paulo, onde antes mesmo de apuradas as denúncias sobre abuso sexual em crianças, a mídia veiculou fatos e depoimentos de envolvidos que condenaram antecipadamente os educadores, sem comprovação.
O filme leva-nos a refletir sobre um aspecto tão importante do profissionalismo, que é da ética na vida social. Não é possível que o homem prefira ser entretido a ser edificado.

No documentário verifica-se que um império televisivo como a Rede Globo, está na posição hegemônica, graças aos conchavos e cooperativismos com militares da ditadura e com políticos carreiristas e grupos internacionais em manobras suspeitas para trocas de favores para o fortalecimento das redes de televisão. São comentados outros empresários como Silvio Santos que se servem da ingenuidade dos humildes, enganando-os com “Carnês da Felicidade” ou exploram a miséria humana em programas deprimentes. Constata-se a força midiática na manipulação da opinião pública e do jornalismo sensacionalista e alienante, onde na guerra da audiência vale tudo.