Resenha do filme I “O Quarto Poder” e o documentário “Muito Além do Cidadão Kane”
José Geraldo Fogaça de Almeida TEA 1 UAB-UnB Pólo de Itapetininga
O filme o tema central é a abordagem do poder da mídia sobre a opinião pública numa espécie de jogo com as emoções.
Os principais personagens são: um jornalista inescrupuloso, Max Ranchett ( Dustin Hoffmann) e um segurança de museu demitido, Sam Baily, pai desempregado, ( John Travolta), presa oportuna, nas garras do audacioso jornalista.
Verificam-se que os interesses dos personagens residem na manipulação pelo jornalista ,dos fatos, para conseguir retomar a sua posição de âncora de um telejornal e quanto ao funcionário demitido tentar provar que o acidente do disparo da arma foi involuntário e também mostrar a família dele e à sociedade que ele queria trabalhar.
São observadas também que existem relações entre os interesses individuais e a conduta ética destes personagens, a saber: o jornalista se mostra oportunista em deturpar um episódio de uma animosidade acirrada entre a dona do museu e seu ex-segurança, que culminou vitimando uma terceira pessoa, e transformar o fato, que poderia ser rapidamente solucionado, num seqüestro com reféns ;o segurança utiliza da violência para retomar seu emprego.
O papel da mídia no filme, manipulando uma situação tendenciosa da cobertura, com pesquisa de opinião sobre Sam, onde as matérias eram editadas para darem maior audiência. A posição dos veículos de comunicação vai se moldando ao interesse do público, que acompanha tudo através da mídia.
Ficção e realidade não estão muito distantes, um exemplo sobre a manipulação sensacionalista foi o caso da Escola Infantil BASE de São Paulo, onde antes mesmo de apuradas as denúncias sobre abuso sexual em crianças, a mídia veiculou fatos e depoimentos de envolvidos que condenaram antecipadamente os educadores, sem comprovação.
O filme leva-nos a refletir sobre um aspecto tão importante do profissionalismo, que é da ética na vida social. Não é possível que o homem prefira ser entretido a ser edificado.
No documentário verifica-se que um império televisivo como a Rede Globo, está na posição hegemônica, graças aos conchavos e cooperativismos com militares da ditadura e com políticos carreiristas e grupos internacionais em manobras suspeitas para trocas de favores para o fortalecimento das redes de televisão. São comentados outros empresários como Silvio Santos que se servem da ingenuidade dos humildes, enganando-os com “Carnês da Felicidade” ou exploram a miséria humana em programas deprimentes. Constata-se a força midiática na manipulação da opinião pública e do jornalismo sensacionalista e alienante, onde na guerra da audiência vale tudo.
domingo, 23 de agosto de 2009
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