segunda-feira, 21 de junho de 2010

artigo de opinião

Artigo de Opinião _ CLM_EXT UAB-UnB Polo de Itapetininga
Profªs Autoras:Janaína de Aquino Ferraz e Omerzinda Maria Ribeiro-Aya
Tutora a distância: Profª Edineide dos Santos Silva

A-Título: “Criança Sem Escola, Adulto Sem Perspectiva”

B-Autor: José Geraldo Fogaça de Almeida

C- Resumo: O artigo se reporta a análise do vídeo Vida Maria e uma visão histórica, para encontrar uma explicação da situação de submissão de mulheres, que ainda encontram-se neste triste estágio e lhes são negados o acesso à escolaridade e à participação na sociedade e a garantia de seus direitos de verdadeiras cidadãs.

D- Palavras Chaves: mulher/preconceito/analfabetismo; educação transformando mentalidades retrógradas.

E-Conteúdo: Ao assistir o curta metragem em animação gráfica 3D intitulado “Vida Maria” do Diretor Márcio Ramos podemos encontrar simbolizado na figura da personagem Maria José o percurso de muitas meninas brasileiras que nascem “predestinadas”aos trabalhos domésticos, para o casamento e para a poli maternidade e ficam fadadas a exclusão da escolaridade e consequentemente destinadas ao analfabetismo,a miséria e a submissão a uma vida sem perspectivas de mudanças, de desenvolvimento social,de lapidação intelectual e da realização profissional.
O vídeo nos põe em contato com o desenrolar da trajetória da menina, da moça, da mulher, da mãe, na qual vemos o destino representado de grande parcela de brasileiras que são criadas para o lar, são coagidas ao casamento e a maternidade como destino direcionado para suas vidas. E ao buscarmos explicações sobre as causas destas situações de total submissão, em pleno século XXI, da existência de mulheres nesse grau de passividade: enveredamos na retrospectiva pela história do Brasil e verificamos que nossos colonizadores portugueses passaram-nos a representação da família romana, ou seja, “a família é uma instituição, a primeira das instituições sociais, e o casamento é o seu ato de fundação”, na qual o marido era o chefe, com poder incontestável sobre todos os membros componentes; à mulher, a única realização possível era o casamento e a maternidade, pois eram consideradas destituídas de mentalidade racional (CANEZINE); em outro artigo consultado vemos a citação do termo latino “famulus”(família) que significa escravos domésticos de um mesmo senhor, incluindo como escrava a mulher e também sob a visão quinhentista: de que as mulheres ibéricas faziam parte do “imbecilitus sexus”, uma categoria que se enquadravam crianças, mulheres e doentes mentais. As únicas funções das mulheres era casar, cuidar do marido e dos inúmeros filhos que gerassem (MIRANDA RIBEIRO). Como podemos constatar a mulher desde os tempos do Brasil colônia era considerada como um ser inferior, idéia essa, que até nos dias de hoje soa como preconceito; por ignorância, muitos brasileiros continuam a pensar como os nossos colonizadores e abandonam as mulheres a essa infeliz condição.
Frente a esse descalabro encontramos justificativas causais direcionadas: pela falta de atuação de políticas públicas em valorizar a escolaridade e demonstrar que o caminho da educação é o ponto chave na transformação de mentalidade, visto que através dela poderíamos combater a ignorância que estimula a apatia social e intelectual e consequentemente o comodismo pela falta de reagir a uma vida resignada, que remonta a época do colonialismo brasileiro, onde infelizmente muitas mulheres brasileiras, nos dias de hoje, continuam a repetir as suas tristes sinas de estarem completamente subalternas ao sistema excludente, pela dependência econômica, cultural, social e intelectual, visto que lhes foram negados a escolaridade e ainda suas competências se restringem ao âmbito doméstico, pois lhes faltavam outras opções para escolher outros caminhos que lhes possibilitariam ampliar os horizontes em suas vidas, os quais poderiam descortinar novas expectativas de realizações e integração como verdadeiras cidadãs brasileiras.

F- Referências
CANEZINE, C. C. “ A mulher e o casamento; da submissão à emancipação” in www.flaviotartuce.adv.br/seccoes/artigos/claudete_mulher.doc
RAMOS, M. “Vida Maria”-curta metragem em animação gráfica 3D-Brasil-2006.
MIRANDA RIBEIRO, A. I. “Mulheres e educação no Brasil in maniadehistoria.worpress.com/mulheres-e-educação-no-brasil-colonia/

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