RABISCOS POÉTICOS
José Geraldo Fogaça de Almeida - Outubro/2004
Quisera ter a técnica do versejar.
O domínio dos versos e das rimas
O dom dos clássicos poetas
A sensibilidade aflorada dos antológicos imortais da pena.
Quem me dera!
Sou apenas um anônimo e mortal,
Metido a escrivinhador da era digital.
Ouso a tamborilar versos de pé quebrado,
No teclado despersonalizado de um computador.
Arrisco combinar rabiscos poéticos,
Na tentativa hercúlea de harmonizá-los com sons silábicos.
Navego pela tela eletrônica, ondeando palavras naufragadas.
Dirigindo meu mouse, sou o timoneiro deste galeão pirata.
Saqueando tesouros literários dos náuticos poetas,
Roubo-lhes inspirações, furto-lhes idéias, surropio-lhes estilos poéticos .
Mergulho nas profundas águas da imaginação,
Embarco na caravela de sonhos surrealistas, de um mundo metafórico.
Sou um pescador neste mar cibernético,
Pescando sílabas sonoras,como peixes fugitivos fossem.
Sentimentos afogados são resgatados do fundo da emoção d’alma.
No turbilhão de verdes águas oceânicas,
Lanço a rede e apanho um vasto cardume,
Para ornamentar meu aquário particular e saciar minha fome espiritual.
Como viajor desta jornada marítima, me devaneio nestas elucubrações mentais :
Ora sou corsário ,ora sou pescador, outras vezes me sinto um pouco poeta ,o que me traz imensa felicidade,pois nestes momentos me deleito e me congratulo com os verdadeiros artífices das letras de ontem e de hoje.
segunda-feira, 2 de junho de 2008
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